2008/2009 em um país cujo ano novo oficial é em março, quase abril, não podia ser normal! Tivemos 3 comemorações. A primeira, no Rum Doodle (foto), barzinho no Thamel que é o xodó dos escaleiros de montanha, que deixam recadinhos nuns pézões de papel, que ficam pendurados no teto do bar, espalhados pelas paredes, uma graça. O Doodle concede refeições de graça pra vida toda, desde que você tenha conquistado o Everest!! Pertinho da meia noite, resolvemos descer pra ver a festinha do hotel. Entramos, meio com sono, meio com medo da roubada, só pra contar o dez, nove, oito e ir dormir com a consciência tranquila. Atravessando o cassino (!!!), descendo para a "pista", achamos meio estranho o clima de fim de festa, a homarada se abraçando, estourando as bexigas, jogando goró pro alto, subindo no palco. Fiquei pensando com os meus botões que no Brasil é mais organizado: primeiro vira o ano, depois quebra tudo, afinal, temos um ano inteirinho pela frente pra pagar o preju. Esperando ansiosamente a contagem regressiva, 11h56, vem o quinto garçom nos abraçar e desejar feliz ano novo. Feliz ano novo, amigo, mas me desculpa perguntar, que horas são?? 12h15, sir. Ué, mas o Nepal não é o mesmo fuso da Índia? Não, sir, é 15 minutos a mais. Com essas e mais aquelas, vimos 2009 começar pagando a entrada pra festa estranha com gente esquisita, e pra comemorar, estouramos umas bexiguinhas e simbora dormir. Pra não passar em branco, já que emoção pouca é bobagem, ainda tivemos a caruda de meditar uns minutinhos no templinho do hotel, junto com a galera zen que não tava nem aí pra festa dos gringos. Ah, gente, vale tudo, vai!
Alguém já ouviu falar de fuso horário com 15 minutos a mais? Viva o Nepal!