sábado, 3 de janeiro de 2009

Pashupatinath

Pashupatinhat é o templo Hindu mais importante do Nepal, e é super visitado por devotos e por sadhus (homens sagrados hindus, que ficam vagando por aí), inclusive por indianos. Ele fica na beira do rio Bagmati, e nós, não-hindus, só podemos dar uma volta pelas áreas externas, nada de entrar dentro do templo, que é enorme. À beira do rio, que funciona meio como um rio Ganges pra eles, acontecem as cremações, que deve ter sido a coisa mais impressionante que eu já vi na vida. Ver a morte e a destruição do corpo assim, de um jeito tão explícito, é um tormento inexplicável, principalmente pra nós que viemos de uma cultura onde a morte é muito mais escondida, disfarçada. A gente sabe o que vai acontecer, mas não vê acontecendo. Ali, na beira do Bagmati, vendo tudo, a preparação da pira, a fumaça, a família olhando (nada do chororô dos nossos velórios, ficam ali bem quietinhos, juntinhos, sentados pertinho, em silêncio) não tem como desviar do assunto, não como desviar o olhar, não tem como desviar o pensamento da verdade tão crua de que a vida um dia acaba. É, amigo.



"Num mundo onde a morte é o caçador, não há tempo para remorsos nem dúvidas. Só há tempo para decisões." (Carlos Castañeda)

A foto é dos pozinhos que eles vendem na porta do templo, porque eles têm o hábito de passar essas cores nas imagens das divindades.

7 comentários:

Unknown disse...

É impressionantemente lindo esse balcão de pós, de pós coloridos. A gente não se cansa de olhar. Cor é vida, diz a Mammy. É vibração, muda a qualidade da nossa mente ficar olhando esse painel de cores.

Unknown disse...

Eu não consigo nem imaginar que experiência é essa. Certa vez vi uma cremação no crematório da Vila Alpina, há muitos anos atrás. A pessoa não era muito chegada (não me lembro quem era, mas acho que era parente de algum colega da Pernambucana). A coisa toda é muito discreta, mas, mesmo assim, me lembro que fiquei extremamente chocado, apavorado mesmo.

Unknown disse...

Mammy fala: me fez lembrar do velório do irmão do Otaga, em que o que mais me impressionou também foi o silêncio, como os parentes ficavam quietinhos.

Anônimo disse...

I think I come to the right place, because for a long time do not see such a good thing the!

Lu Orvat disse...

u-au
e esse seu amiguinho novo chinês?

Lu Orvat disse...

u-au
e esse seu amiguinho novo chinês?

Anônimo disse...

Although from different places, but this perception is consistent, which is relatively rare point!
Rope,Twine

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